Os lábios quentes. Os pés frios. O olhar morno. A pele encrespando. A garota que nunca olhou. O vento no rosto. Cheiro de alecrim e café com leite. Tremeliques, sim tremeliques! O pé amortecido, agora. A dor. O liquidificador, batendo, batendo, interrompendo o momento.
O Senhor, obeso, grisalho, vermelho, suado, de branco, a pele fervente e áspera. Cromossomo yy, era o que se diria dele. Sim, o Senhor. A ausência. A ancora enferrujada, o solo arenoso, a carne morta, o alarme quebrado, o coração em freqüente taque cárdia. O pé na ponta, as mão pequenas demais, naftalinas, aspirinas, gastrois e analgésicos. Cristais cristalizados. Poeira parada, o controle sem competição, a ausência de ação, o riso ecoando, o som...
Ele, o todo ao meio, a unicidade vazia, o atemporal efêmero, estranheza por ser inteiro e incompleto. Os olhos escuros brilhando, pueril, indecifrável. Amante, ama ante, ant ama. Espontâneo, familiar, aconchegante. Pelo mesmo fato doentio. A moléstia. A língua, a sugar, as similaridades. Chupar. Ele. A visão, o ódio dela, daquela. O calor, o delicioso sabor do nojo, o libido liberado, vapor aéreo, cheiro de Tártaro. Eros. Toques juvenis. Corpos nus no espaço, formigando. Um. Uns.
Ela, a perfeição em sua não existência, sinteticamente, ausência. Sua altura, sinuosa, voluptuosa. Ela, o senhor e ele. Odiosa. Tempestuosa sensação de ineficácia, sua falta, nem recebe esse nome, não é falta. Guerra para Malthus. Colorida, o pior. Feliz , o desagradável. Amável, o pecado.
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