quinta-feira, 17 de abril de 2014

human

Nos autoflagelamos
violentamos nossos amores
esmagamos criancinhas
pintamos o sol de negro
choramos em silêncio

Somos todos mendigos
e não sabemos o que queremos

Criamos um jogo sádico
e chamamos de vida
rezamos para espectros
nossos lábios de carvão e brasa

Bebemos cicuta
nos alimentamos de pedras
usamos roupas de ouro
que reluzem
queimam a vista
nos cegam

Afundamos em mares profundos
em oceanos de mentiras e sorrisos
Somos todos mendigos
e não sabemos o que queremos

Somos armas e alvos
nos desarme
por favor

Tudo escorre em negro


sábado, 12 de abril de 2014

Prata

Invisível
estouram os corações nos corpos
respiro profundamente
meu peito em prata reluzindo sob a chuva
Invisível
Chuva 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ausência

A ausência
O sopro do silêncio
Garoa gelada
O vazio transborda
Eco mudo pálido
Rasga durante a noite
Me parte
Me fragmenta
Um corpo de lágrimas
Escorre por baixo dos lençóis