Nos autoflagelamos
violentamos nossos amores
esmagamos criancinhas
pintamos o sol de negro
choramos em silêncio
Somos todos mendigos
e não sabemos o que queremos
Criamos um jogo sádico
e chamamos de vida
rezamos para espectros
nossos lábios de carvão e brasa
Bebemos cicuta
nos alimentamos de pedras
usamos roupas de ouro
que reluzem
queimam a vista
nos cegam
Afundamos em mares profundos
em oceanos de mentiras e sorrisos
Somos todos mendigos
e não sabemos o que queremos
Somos armas e alvos
nos desarme
por favor
Tudo escorre em negro
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