segunda-feira, 1 de novembro de 2021
Devolvidos
Uber
domingo, 17 de outubro de 2021
I'll be there
Me dê sua mão
Eu estarei lá
Pode contar comigo
A gente pode tudo, quando estamos juntos
Você sempre foi meu porto seguro
Agora é minha vez de ter força
Não se preocupe, você pode falar o que sente
Eu não vou te julgar
Conte comigo
I'll be there
Nem todos os dias são felizes
Nem todos os sonhos se realizam
Mas, todo dia é um novo dia pra gente recomeçar
Então, conte comigo
Para o que der e vier!
terça-feira, 5 de outubro de 2021
EscritorA
Quero falar de tudo
Contar todas as histórias
A minha voz não é somente construída por feridas
Sou mulher e muitas outras coisas também
segunda-feira, 4 de outubro de 2021
Astronauta
domingo, 12 de setembro de 2021
Sem amar
E falava de amor da maneira mais seca.
Com a rima dura.
Falava de amor e amar nitidamente sem nunca gozar.
Falava de amor sem ter no lábio saliva e no corpo salgado suor de horas e horas de uma noite sem os olhos pregar.
Falava de amor medindo palavras, sem permitir-se transbordar.
Falava de amor por imitação como um ciborgue.
Falava muito e sentia pouco.
Falava muito e escutava nada.
Falava e enumerava.
Falava armada, argumentada.
Falava sem amar.
quinta-feira, 19 de agosto de 2021
quinta-feira, 5 de agosto de 2021
Gal
Quem se identifica com as canções da Gal certamente vive ou já viveu um grande amor, um amor arrebatador, um amor maduro, um amor adolescente, um grande amor! Já transbordou e se inundou nas ondas da paixão.
terça-feira, 27 de julho de 2021
Velhice secreta
E a gente não deixa o tempo desenhar na gente a história.
A gente paralisa seus traços.
A gente só quer envelhecer por dentro, sem que ninguém saiba.
Queremos uma velhice secreta.
Fugindo do pincel do tempo.
Fingindo ser foto de álbum antigo.
Envelhecemos secretamente.
domingo, 4 de julho de 2021
Millenials
Filha de uma geração.
Seria impossível eu não falar sobre os millenials, sendo eu um retrato cuspido e escarrado ou esculpido em carrara, fica ao gosto do leitor, dessa geração.
Experiência essa é a minha palavra e mantra.
Ter carro ou casa própria nunca foram meus leitmotiv. Muito menos ter um filho.
Mas, isso não significa ter uma vida sem gastos. Pelo contrário, nada como viajar pelo mundo, comer em um restaurante exótico ou comprar um utensílio inútil hiper descolado e se endividar.
Talvez sejamos tão consumistas quanto outras gerações, mas as escolhas são outras.
Mas, pensamos pra que mais um carro no mundo? E fazemos um post sobre transporte público de qualidade.
Trocamos os filhos por gatos ou cachorros, e os gatos e cachorros por plantas.
Assumir compromissos a longo é algo aterrorizador, desde um financiamento a um casamento.
Vivemos o momento e o momento é instável. Desapegados e carentes seguimos.
Irônicos, ácidos e sempre muito bem informados.
sexta-feira, 4 de junho de 2021
No reino tão tão distante
No mosaico delirante de exibições nas redes sociais eu vejo um mundo paralelo. Sim, um mundo paralelo com um reino tão tão distante onde príncipes e princesas vivem suas vidas regadas a viagens e a fotos lacradoras enquanto do outro lado há um mundo onde milhares morrem e o caos e a tristeza imperam.
Me perguntei diversas vezes se eu sentia inveja desse reino dos lacres fotográficos e cheguei a conclusão que de certa maneira sim. Porque meu desejo é que todos possam desfrutar os prazeres desse reino tão tão distante.
Eu vejo os príncipes e as princesas desse reino tão tão distante com discursos afiados sobre budismo, amor e todo o combo gratiluz. Mas, durante a pandemia o amor ao próximo e a empatia parecem que são suplantados pelo chamado "amor próprio" e "autocuidado". Sim, existe um nome e conceitos diatorcidos para toda falta de empatia e exibição desenfreada de privilégios. Porque a saúde mental dos príncipes e princesas não pode ser abalada.
Sim, exibir todo seu privilégio em momento de pandemia é falta de respeito, é um delírio inescrupuloso e maldoso. Não, não estou falando de você que posta um copo de cerveja depois de uma semana de trabalho com a hashtag sextou. Estou falando das pessoas que vivem no mundo das maravilhas. Estou falando de gente que nem sabe que existe um outro mundo. Estou falando da desigualdade social que cada dia mata de forma tortuosa milhares e milhares.
sexta-feira, 28 de maio de 2021
quarta-feira, 28 de abril de 2021
Crônicas pandêmicas 4
Resumo da semana
Estou cansada. Extremamente cansada. O cansaço me tomou. Só me restam os realities shows. Assisto a vida dos outros e projeto sonhos que parecem cada vez mais distantes. Simular ânimo, força e alegria. Hoje sou eu que interpreto. Crio um simulacro de ações emulando o que chamam de vida. Estou cansada. Extremamente cansada.
segunda-feira, 19 de abril de 2021
Crônicas pandêmicas 3
Saudade poderia ser o mote sem fim para esses dias intermináveis. Talvez, em algum momento eu sinta falta desses dias ou não. A rotina, as reclamações, o medo...Eu sabia que seria assim, então planejamos. Vamos fazer uma viagem, vamos para um lugar novo. Fomos para São Francisco. Litoral catarinense, não a cidade estadunidense. Foram dias de calor e caminhadas...Sempre as longas caminhadas de dois viajantes que se perdem. Tomamos banho de mar, tomamos cerveja, tomamos caipirinha, tomamos fôlego para os próximos meses, anos...Era isso que precisávamos, fôlego, ar. Encher o pulmão e se preparar. Era março. E março veio de novo. Espero que nosso fôlego resista.
quinta-feira, 15 de abril de 2021
sábado, 10 de abril de 2021
Crônicas pandêmicas 2
Crônicas pandêmicas 1
Entre se achar um ser excepcional e uma barata no bueiro do centro da cidade. Pensando bem, baratas são seres excepcionais tanto quanto os próprios bueiros. Talvez não seja a melhor comparação entre extremos, afinal os extremos no fundo são muito parecidos. Mentira, não são não. É impossível comparar a vida de um de um bilionário e de um carrinheiro. Calma aí! Não estou falando de felicidade, apenas sobre discrepâncias sociais. Ou talvez eu esteja falando sim da felicidade. Claro, o dinheiro ajuda muito. Uns 90%. Mas não era sobre isso. Era pra eu me apresentar ou algo do tipo. Me chamo Angélica, tenho 33 anos. Sinto que estou em um limbo, entre me chamarem de senhora e me confundirem com uma adolescente. E, talvez seja exatamente isso. Estou tentando voltar a escrever. Sim, como todo clichê cinematográfico de um artista que se encontra no limbo, ou melhor no bueiro. E como disse, talvez bueiros não sejam tão ruins assim. Então, vamos escrever! Vamos escrever. Por que diabos você tá falando na porra da 3ª pessoa? Talvez um vício acadêmico. Sim, porque na academia você adquire muitos vícios, beber, fumar, café, energético e muitas vezes tudo isso de uma vez. Porra, já bateu a preguiça...Sim, o monstrinho da autossabotagem chegando devagarinho em um aviso no whatsaap, não deve ser nada importante...Mas porque não ler e se entreter com outras bobagens e entrar em um looping de vídeos engraçadinhos do insta...Força, força! Ah, hoje não vou conseguir. Mas, quem sabe amanhã? Amanhã com certeza. Me esperem, amanhã eu me apresento direito.