Nos autoflagelamos
violentamos nossos amores
esmagamos criancinhas
pintamos o sol de negro
choramos em silêncio
Somos todos mendigos
e não sabemos o que queremos
Criamos um jogo sádico
e chamamos de vida
rezamos para espectros
nossos lábios de carvão e brasa
Bebemos cicuta
nos alimentamos de pedras
usamos roupas de ouro
que reluzem
queimam a vista
nos cegam
Afundamos em mares profundos
em oceanos de mentiras e sorrisos
Somos todos mendigos
e não sabemos o que queremos
Somos armas e alvos
nos desarme
por favor
Tudo escorre em negro
quinta-feira, 17 de abril de 2014
sábado, 12 de abril de 2014
Prata
Invisível
estouram os corações nos corpos
respiro profundamente
meu peito em prata reluzindo sob a chuva
Invisível
Chuva
estouram os corações nos corpos
respiro profundamente
meu peito em prata reluzindo sob a chuva
Invisível
Chuva
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Ausência
A ausência
O sopro do silêncio
Garoa gelada
O vazio transborda
Eco mudo pálido
Rasga durante a noite
Me parte
Me fragmenta
Um corpo de lágrimas
Escorre por baixo dos lençóis
O sopro do silêncio
Garoa gelada
O vazio transborda
Eco mudo pálido
Rasga durante a noite
Me parte
Me fragmenta
Um corpo de lágrimas
Escorre por baixo dos lençóis
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