domingo, 2 de fevereiro de 2014

Die

Fatias grossas
Um coração dilacerado sobre a mesa
Veias vasos e muito
Muito sangue
Partes gordurosas
Pedaços nos lábios
Sangue no queixo
Olhos negros demoníacos nos devoram
Ah, é tão bom
Sua alma tão distante
Eu levo medo
E você gosta
Gosta do gosto
De sangue
Nos meus dedos
Você lambe
A morte
Quente nos lábios
Tão bom
Cães
Você rasteja
Não há chance
Carne
Debulhada
Respiro
O sol brilha sobre mim

Um comentário:

  1. Fico imaginando a veia de inspiração que não aguentou a pressão e explodiu, fazendo todas essas letras sanguinárias escorrerem no poema.
    Pelo jeito, seus sentimentos, quando não cálidos e aconchegantes, não tardam a estraçalhar mãos, pés, cabeças e corações.
    Muito bom ;)

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