quarta-feira, 21 de abril de 2010

Bons gregos

A noite é uma guilhotina o tempo é o mártir as horas um desejo profundo um negro solo seco ventilante a vida o esperma à espera da ejaculação precoce um intestino grosso que destripa cada segundo ventos universais correm para dentro das catedrais das mentes dos desavisados jovens mancos de sabedoria do livro, da fé e da fome. Não existe mais fome no mundo todos vomitam impacientes seus hamburgueres felizes e suas roupas xadrezes e seus cabelos lisos vibram uma tinta rubra. Nãoháespaçoparavocênãoháfomenãoháarroznooriente. Meus poros petrolíferos afundam na camada de ozônio que se foi com a derme a epiderme os fascículos bíblicos viraram pó dentro dos canudos de dólares os homens passam baton as mulheres envenenam seus filhos os ninhos caiem dos protótipos de árvores vírus velozes nos mares de simulacros de vida pós internet a Africa se afasta a terra morreu caçadores informatizados místicos corais disformes de nuvens de poluição sonora sonhos dependem de quanto você se afoga. O próximo Deus deverá ser melhor que esse. Bons gregos

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