domingo, 8 de novembro de 2009

Hamlet-machine

Televisão A nojeira nossa de cada dia nojeira
Na verborréia preparada Pela alegria prescrita
Como se escreve ACONCHEGO
Dai-nos hoje a morte nossa de cada dia
Pois teu é o Nada Náusea
Pelas mentiras em que se acredita Nojeira
Dos mentirosos e de mais ninguém Asco
Pelas mentiras em que se acreditam Nojeira
Pelos rostos marcados dos hipócritas
Pela luta por postos, votos, contas bancárias
Nojeira Um carro de assalto que faísca com as suas graças
Passo por ruas galerias fisionomias
Com as cicatrizes da batalha de consumo Miséria
Sem dignidade Miséria sem a dignidade
Da faca do boxe do punho
Os ventres humilhados das mulheres
Esperança das gerações
sufocadas em sangue covardia estupidez
Gargalhadas vindas de ventres mortos
Heil para a COCA-COLA
Um reino
Para um assassino

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