sábado, 12 de setembro de 2009

Sangue nos dentes

Era a ultima, a única, a insuportável tentação de amar.
Amar, amar, amar como nunca.
foi assim que pensei, mas acabei falando do horror,
da emergência, do sangue, do chá, do diário.
Da vida doce amarga, do algodão doce velho,
tenro, macio. Evasivo.
Como aquele olhar.
Eu teria que me perguntar todo dia:
o que ando fazendo de errado?
As flores eram laminas de aço que cortavam sua vagina.
Intima e congelante.
Vida tenra e macia. Eu não queria, mas estava falando, procurando
algo macio,
que coubesse nas minhas mãos.
Porque afinal de contas era eu e você e vocêvocê assim.
Me mate.
Impossível dizer o indizível da mente arquiteta doente da menina de sabão,
que lavava as mãos com álcool solúvel.
O inseto.
A tentativa, a tentativa de tentar o que não adiantava mais.
Os olhos da bailarina se petrificaram de paixão e insanidade térmica.
Garrafa de elefante. Duas orelhas.
Velhas pestilentas que não faziam nada além de comer e acalentar seus filhos
prodígios.
Velhos ratos amorfos que não queriam e não expressavam nada.
a dor da mulher sozinha. Do hamburguer velho da velha.
Você dizia para não dizer. A besteira. A vagabunda queima na fogueira
que ilustra o pecado cego. Me mate.
Ela pedia socorro na gruta, rezava por ela e por mim.
Num pecado do vento, de um preto velho, cachimbo vermelho.
A picada da serpente que mela a história melada de sangue de preto.
De gente, de medo que mede a gente pelo fio do cabelo do sapo careca.
Vermelho impacto sanguíneo de Deus.
Você meteu a buceta na tv para dizer que era mais importante
que o espírito santo amém.
Aleluia, alecrim dourado que nasceu no campo pra ser desalmado, capado, curado, amarrado, mijado e cagado.
No vento da serpente que matou a menina de Deus e fez lanche no Mc Donalds
com o hamburguer da velha e bebeu sangue divino da tripa de Zeus,
o ateu que matou o teu cu na privada do campo.
O avestruz enjaulado, morto, fudido, estuprado, vendido.
Cãodemia. Infame. Patente.
Saber inanimado da amizade alheia, divina cocaína.
Na mata da escócia, vislumbra o queijo cottage no almoço campestre da moça burlesca
que foi morta a tiros na vala dos ratos cantores.
Candidata a república enfermativa.
Valente, penetrante na boca do cego do surdo do mudo falisteu
que chorou 12 dias a morte do pai.

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